“—
Não
está
acostumado a homens brancos? — indagou, arqueando uma sobrancelha. — Ou acha algo interessante em
minha pele cheia de cicatrizes?
Pauline estava em dúvida se devia dar-lhe um tapa ou
afundar no chão. Que arrogância! O fato de estar encarando
seu corpo não
era desculpa para grosseria. E ali estava ela, forçada a satisfazer suas necessidades
e caprichos.
—
Todos os homens brancos são iguais para mim — replicou, sem se importar de
parecer beligerante. — A maioria se acredita muito melhor do que é na realidade.
Nate desatou a rir.
Virando-se para ela, bateu com força em seu ombro, quase a fazendo
cair.
—
Não
se preocupe, Manu. Um dia você vai crescer e se tornar um homem. Se trabalhar com
afinco, servindo seus senhores, talvez até venha a desenvolver uma compleição decente.
Virou-se novamente de
costas. E ela lhe lançou olhares furiosos.
Pauline estava
deitada na esteira estendida sobre o chão duro de madeira. Prestava atenção, esperando que o homem, no leito
a seu lado, caísse em sono profundo. Aguardava há várias horas.
Sua situação era tão precária, tão perigosa, que chegava a assustá-la. Menos de um dia inteiro se
havia passado e ela já vivera mais aventuras do que em toda a sua vida. Não fazia idéia do que o amanhã lhe traria.
Antes de se
recolherem, fora ao banheiro no fim do corredor. Embora o local fosse rústico, ela se sentira grata pela
oportunidade de ficar sozinha.
Estava, em tudo o
mais, atada ao sr. Savidge. Fazia tudo o que ele queria. Era uma sensação estranha. Exceto obedecer aos
professores e aos pais, o que só acontecera ocasionalmente, ela
sempre dera ordens. Recebia o serviço de seus criados como natural.
Talvez Nate não passasse de um homem cruel,
embora não
tivesse manifestado sinal de crueldade em seus intensos encontros anteriores. O
homem era um enigma.
O luar penetrou através da janela aberta e iluminou seu
leito, acentuando as costas nuas. Ao menos havia esperado até que ela apagasse a luz para tirar
a calça
e deslizar sob o lençol. Mas a coberta havia caído para a cintura, deixando o
corpo seminu à vista.
Para passar o tempo,
o fitou, atônita
pelo fato de um homem ser tão perfeito. Seus braços e costas eram bem modelados e
os músculos
definidos mesmo em descanso.
Sentiu seu corpo se
aquecer a tal ponto que se forçou a desviar o olhar. Será que ia queimar no inferno por
estar sozinha, num quarto, com um homem quase nu?”
olha só nao ocnhecia esse livro, parece legal
ResponderExcluirEu adoroo!
ResponderExcluirGostei bastante do trecho que tu escolheu :D
ResponderExcluirMEU DEUS
ResponderExcluirADOREI O COMEÇO
KKK
Vou procurar agora para baixar porque amei simplesmente.